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(Ainda não) está na hora de investir na Argentina?

Julho 31, 2018
Author: Marcelo Schmid

Embora 70% dos investimentos florestais da América do Sul estejam concentrados no Brasil, o continente possui outras opções que vêm sendo procuradas por investidores florestais e industriais. Em alguns casos esses mercados já são consolidados, como o Chile e o Uruguai. Em outros, são mercados potenciais, cujo nível de incertezas afeta a atração de um montante maior de investimento, como é o caso da Argentina.

Nos últimos 12 meses a Forest2Market do Brasil tem sido frequentemente consultada a respeito de investimentos na Argentina. Considerado “um avião que nunca decolou” em termos de mercado florestal, o país possui área de florestas plantadas de aproximadamente 1,2 milhões de hectares, com milhares de hectares aptos ao desenvolvimento de novos projetos florestais.

A despeito deste potencial, o setor florestal argentino pouco se desenvolveu nos últimos 15 anos, devido a restrições impostas por uma política nada favorável à atração de investimentos, o que levou o país a uma série de crises econômicas. Em 2015, a eleição de um novo governo federal, mais orientado para a economia e atração de novos investidores, trouxe um novo sopro de esperança em relação ao desenvolvimento econômico da Argentina.

As principais áreas produtivas de florestas da Argentina estão localizadas na região norte do país, mais especificamente nas províncias de Corrientes e Missiones, cada uma possui aproximadamente 500 mil hectares de plantio. Porém, grande parte desse maciço, formado há no início do milênio, está chegando à idade de corte e, atualmente, não há demanda por madeira interna que seja capaz de consumir todo esse volume e tão pouco capacidade das empresas locais de exportação desta madeira.DI 8 yr old pine thinning

Segundo dados da Universidade Nacional de Missiones (UNaM), na região de Missiones há um excedente anual de três milhões de metros cúbicos, que em 2019 se tornará um excedente de cinco milhões de metros cúbicos com a maturação da floresta. Em Corrientes, por sua vez, se estima que o volume excedente atual já é de cinco milhões de metros cúbicos anuais.

Portanto, de forma similar ao mercado de pinus do Uruguai, a Argentina possui um superávit de oferta de madeira bastante significativo, reduzindo a atratividade do país para novos investimentos em florestas.

Por outro lado, existindo floresta em excesso o país tem teoricamente potencial para se tornar um local atrativo para investimento em indústrias de base florestal. Conforme destacado anteriormente, hoje a Argentina possui madeira em excesso para alimentar diferentes segmentos da indústria (desde energia até madeira serrada e lâminas). Dada a falta de demanda interna, todos esses segmentos deverão direcionar sua produção para o mercado externo, aproveitando o momento favorável do câmbio e a crescente demanda mundial por produtos de madeira. Portanto, as novas indústrias de base florestal na Argentina deverão estar voltadas ao mercado externo.

Algumas situações pontuais estão sendo trabalhadas para tornar a indústria argentina mais competitiva globalmente, a exemplo do preço de frete que hoje é demasiadamente alto, porém, o maior motivo para preocupação dos investidores atualmente não é a competitividade do setor, mas ainda é a incerteza macroeconômica e política do país.

O governo atual está fazendo sua lição de casa, porém, ainda não existe confiança por parte dos investidores quanto à continuidade de tais esforços, o que dependerá do resultado da eleição em 2019. O déficit fiscal é o grande driver de todo prejuízo sofrido pela economia neste momento. A desvalorização da moeda argentina nos últimos meses somada à alta na taxa de juros (atualmente a taxa de juros real da Argentina - 6,04% -  é a maior do mundo, contra, por exemplo, 2,89% do Brasil e -0,81% dos EUA) leva a acreditar que a recessão que o país enfrenta desde o início do ano só tende a piorar no segundo semestre.

Diante deste cenário, o governo federal não possui alternativa a não ser acelerar a redução do déficit fiscal (recentemente o governo anunciou um corte de gastos significativo, de 3,2 bilhões de dólares) e deixar a taxa de câmbio flutuar livremente, o que é uma boa notícia para empresas exportadoras que poderão ter produtos mais competitivos internacionalmente.

A receita adotada pela atual gestão governamental argentina é, portanto, baseada nos seguintes pilares:

  1. Redução de gastos
  2. Redução de impostos para aumentar os investimentos no setor privado
  3. Abertura de novos mercados internacionais

Em termos macroeconômicos tais medidas são teoricamente a receita de bolo correta para resgate de economias em crise, como a Argentina, porém, requerem longo prazo para se consolidar. Uma prova disto é o fato do Fundo Monetário Internacional (FMI) ter recentemente aprovado um empréstimo de cinquenta bilhões de dólares para o país. O empréstimo é uma demonstração de apoio internacional à política argentina de abertura econômica e confiança em longo prazo e esse é o justamente o principal motivo que afeta a atração de investidores ao país: o atual governo ou o atual modelo econômico irá perdurar após as próximas eleições? Os ajustes internos deverão ser mais severos (e menos populistas) no próximo ano, ano que coincide com a eleição que será marcada por uma oposição peronista cada vez mais forte.

A Forest2Market do Brasil por meio de sua ferramenta Timber Supply Analysis – TSA 360, tem condição de identificar rapidamente áreas de plantio, idade e volumes disponíveis em qualquer região do mundo. No caso da Argentina a ferramenta é de grande valor no auxílio de questões estratégicas necessárias à alocação de investimentos de base florestal de modo a alcançar o melhor retorno do investimento.

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